terça-feira, 15 de junho de 2010

Eu adoro patriotismo em época de Copa do Mundo

Eu sei que isso é um blog sobre livros. Mas estou com vontade de escrever, mesmo que ninguém leia. Enfim...
Eu odeio época de Copa do Mundo. Odeio como todo mundo possui um espírito patriótico. É incrível como todo mundo tem orgulho do Brasil.
2010 é ano de eleição também. Mas alguém lembra disso? Não, 2010 é apenas ano de Copa do Mundo. Cadê o patriotismo na hora de tomar uma decisão que vai realmente afetar o futuro? Alguém comenta sobre candidatos e votos? Não. É só futebol, futebol e futebol.
Na minha cidade não vão funcionar nada na hora do jogo. Não vai funcionar banco, supermercado e nem ônibus. ÔNIBUS não vai funcionar. Dá pra acreditar? É inconcebível um país parar por causa de jogo de futebol.
Odeio como as pessoas acham que só porque é época de Copa, você tem que viver em função da Copa. Se você coloca uma blusa verde, é por causa do Brasil. Se você passa um esmalte azul, é por causa do Brasil. Se usa uma bolsa amarela, é por causa do Brasil. Será que é tão difícil as pessoas entenderam que existem pessoas que não dão a mínima se o Brasil vai ser hexa ou continuar sendo penta? E na boa, eu não sou menos patriota por isso.
É foda ver essas pessoas que só amam o Brasil de quatro em quatro anos. Nos anos entre Copas do Mundo, a maioria desses “patriotas de futebol”, parece ter vergonha de dizer que é brasileiro. Mas quando o Brasil entra em campo, canta alto “eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor”. É, eu também morro de orgulho de ver essas coisas. E depois não entendem porque o país está desse jeito.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Inglorious Basterds

“And I want my scalps!”
Não sei se eu diria que Inglorious Basterds é a “masterpiece” de Tarantino. Afinal, acho Pulp Fiction tão bom quanto. Mas, sem dúvida, o último filme é genial.
Só Quentin Tarantino para recontar a história da Segunda Guerra da maneira como contou e fuzilar a cara de Hittler. Não imagino ninguém fazendo o mesmo que ele fez em Bastardos Inglórios. Um Hittler histérico, louco, mau e que acaba metralhado ao lado de um Joseph Goebbels tão doentio quanto.
Em atuação, Christopher Waltz realmente mereceu o Oscar que levou. O austríaco não dá chance para qualquer outro que divida a cena com ele. O Coronel Hans Landa é tão fantástico que faz valer o filme, roubando os créditos das cenas todos para ele. É o típico personagem que você sente um ódio terrível, mas não consegue deixar de “gostar”, pois ele é ao mesmo tempo cômico e repugnante. Brad Pitt também está muito bom em seu papel. Com seu sotaque sei-lá-da-onde, o Tenente Raine é incrivelmente caricato. E a cena da conversa em italiano, já quase no fim do filme, é uma das cenas mais engraçadas que já assisti.
Inglorious Basterds é Tarantino. E merece ser visto. Apesar de ter uma violência mais “contida” e menos sangue do que outros filmes do diretor. Contida entre aspas, pois há pessoas sendo escalpeladas e tacos de beisebol estourando cabeças. A “violência tarantinesca” dá sempre margem para discussão: uns amam e outros odeiam. Eu amo.
São quase três horas de filme que você não sente passar. É bem melhor que Avatar e Guerra do Terror, coloca ambos no chinelo. Se você ainda não assistiu, assista.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Trilogia Millennium

Por incrível que pareça, vou fazer um texto falando bem de alguma coisa. Eu adorei a trilogia Millennium. Adorei o ritmo, adorei a história, as surpresas que tem no meio do livro.
Gostei bastante do jeito que Stieg Larsson trata as mulheres nos seus livros. Todas em cargos importantes, independentes, poderosas, sem deixarem de ser mulheres. Nada do tipo “Ah, eu troco minha vida para me tornar imortal e viver a eternidade ao seu lado.” Comentários desnecessários a parte... Apesar de todo o poder delas, elas não perderam a feminilidade, não perderam a essência. Tem sua carreira e sua família. Filhos, casamento e vida profissional de sucesso.
O que me incomoda um pouco nessa série é a prolixidade do autor. Não consigo deixar de imaginar que ele conseguiria fazer o mesmo trabalho em pelo menos metade das páginas. Larsson é extremamente detalhista, acaba até exagerando. Por exemplo, uma cena que ele poderia simplesmente escrever “Mikael chegou em casa, esquentou um pedaço de pizza e começou a escrever em seu notebook”, ele conseguiu escrever quase meia página para passar esta ideia apenas.
Eu li em algum lugar na net que a trilogia Millennium era para contar com um quarto livro, mas que Larsson faleceu antes de terminar e há apenas um manuscrito que não será lançado. Quando vi isso, eu não tinha lido A Rainha do Castelo de Ar ainda e fiquei com medo de ficar sem final. Mas não é isso que acontece. A história que o autor quer contar finaliza depois de quase 700 páginas do terceiro livro. Ficam algumas brechas sobre vidas pessoais que acabariam dando um quarto livro – ou não. Mas gostei de não encerrar a trilogia com um Epílogo do tipo “18 anos depois... Mikael e Lisbeth se casaram e tiveram um filho, que deram o nome de Holm Armanskij, em homenagem a dois grandes amigos do casal que salvaram a vida de Salander”. (Só pra constar, apesar do trocadilho infame, eu adoro Harry Potter, só não gostei da maneira como a Rowling finalizou com o epílogo.)
Apesar das quase 2000 páginas que formam esta trilogia, acaba sendo uma leitura rápida e agradável. Larsson sabe contar uma história e prender a sua atenção. Óbvio que há algumas falhas, alguns errinhos, mas nada muito gritante que vá estragar a leitura. Quando você começa a entender o que se passa, não consegue parar de ler até chegar ao final.

sábado, 5 de junho de 2010

Sex and The City 2

Eu adoro um pouco de futilidade de vez em quando. E adoro Sex and The City. O complicado é que baseado em um livro de menos de 400 páginas, os caras conseguiram fazer um seriado de seis temporadas e dois filmes. Então, esse segundo filme parece que já estão inventando mais do que deveriam.
Eu não li o livro ainda e não assisti o seriado, só assisti aos filmes, então não tenho como comparar os filmes aos outros produtos, mas eu gosto.
Sex and The City 2 é legalzinho, até dar para você dar umas risadinhas. Tem muita coisa forçada que você fica pensando em “o que é isso?”. E algumas cenas que parece que falta um pouco de sentido. Mas o guarda-roupa do filme é lindo. Nenhum guarda-roupa bate o de The Devil Wears Prada, mas Sex and The City é bom. Óbvio que a qualidade do filme não tem nada a ver com vestuário, mas Sex and The City se você sair do visual, não aproveita muita coisa. Enfim...
Se você for mulher, provavelmente vai gostar, pois Sex and The City 2 é praticamente um conto de fadas moderno. O sonho de consumo de toda mulher: roupas lindas, uma viagem de graça pra um hotel maravilhoso com mordomo e motorista a sua disposição, dinheiro e homens lindos apaixonados por você.