terça-feira, 27 de abril de 2010

Alice in Wonderland - Filme

Eu li um comentário falando que a culpa do filme não ser exatamente bom, não é do Tim Burton porque ele não foi roteirista, apenas diretor. Isso só seria válido se fosse ao contrário, mas como diretor ele tem autonomia para mexer no roteiro e fazer do jeito que ele quiser. Portanto, a culpa é dele.
Filmes adaptados de livro nunca me agradam, mas como já tinha lido entrevistas de Burton falando que seria uma reinvenção da história, já fui preparada a me decepcionar nesta parte. Mas infelizmente, me decepcionei e muito, em outras.
O filme se resume em uma coisa: clichê. Logo Tim Burton que adora separar casais nos finais de seus filmes, optou, desta vez, por se prender ao clichezão. Bem versus mal. Profecia que precisa ser cumprida. Roubar uma espada que só ela matará o vilão. Muito original.
Sem contar todo o resto que, para mim, foi completamente desnecessário. Desnecessária a festa de noivado da Alice. Desnecessário a Alice quando volta de Wonderland passar uma mensagem tosca pra cada pessoa. Desnecessário o exagero da Rainha Branca que a fez ficar forçada demais. Desnecessário transformar a Rainha Vermelha em uma vilã sanguinária. Desnecessário amalucar o Chapeleiro. E extremamente desnecessário a dancinha ridícula do Chapeleiro e da Alice no final do filme.
É um bom filme. Mas não é um filme digno de Tim Burton. Do mesmo jeito que a atuação de Johnny Depp está boa, mas também está longe de ser uma atuação digna de Johnny Depp.
Os fãs dos dois deveriam entender de uma vez por todas que não achar o filme perfeito não será ‘uma traição a seu status de fã’. Fãs podem gostar ou não de determinada coisa, sem deixar de fã. E por último, fãs têm que aceitar que Tim Burton pode sim ser o responsável pela decepção cinematográfica do ano.

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