sábado, 11 de dezembro de 2010

Walter Rodrigues

Lembro que há cerca de um mês, Walter Rodrigues veio dar uma palestra e um workshop em uma das faculdades de moda da minha cidade. Queria muito ir, mas era 300 reais só para ver a palestra. Acabei deixando quieto, mas me arrependi.
Agora, depois de ler o livro "Coleção Moda Brasileira - Walter Rodrigues", meu arrependimento aumentou.
O livro segue o mesmo padrão dos outros, mas dentre os seis que li, foi o que mais gostei. E, mais do que isso, foi o que me ajudou definitivamente a decidir o tema da minha monografia!
Os textos deste quinto volume da série são bem mais elaborados e mais bem escritos do que os outros que li.
Além disso, adorei o conteúdo e acabei conhecendo mais coisas sobre Walter Rodrigues que eu nunca tinha imaginado.
Claro que a história também é muito superficial, mas é tão bem escrita e o estilista é tão bom, que realmente vale a leitura.

domingo, 28 de novembro de 2010

Lino Villaventura


O terceiro volume da Coleção Moda Brasileira foi, para mim, o mais fraco dentre os que já li. Não possuia muito conhecimento sobre a "obra" de Lino Villaventura e, após terminar o livro, continuo não tendo.
Como os outros dois, o livro segue o mesmo padrão: introdução, uma breve biografia, cronologia e fotos da coleção. E, assim como no de Ronaldo Fraga, há um breve textinho, mas muito breve mesmo, que seria até melhor não ter, falando um pouco sobre a coleção.
A quantidade de texto deste terceiro volume é bem inferior a dos outros dois e com qualidade inferior também. A introdução é escrita por João Braga (um dos mais conceituados pesquisadores da área de História da Moda no Brasil) e a "breve biografia" é mal escrita por Jackson Araujo (alguém que eu nunca ouvi falar).
Caso você se interesse pela história de Lino Villaventura, procure outros livros que possam te acrescentar algo. Se você tem/achou a Coleção Moda Brasileira, então aproveite e leia ele mesmo, mas sem grandes esperanças.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Ética e Mídia

Falar sobre ética e mídia é muito complicado. Principalmente pelo fato de que a teoria é uma coisa e a prática, algo completamente diferente.
Na formação básica de todo e qualquer jornalista aprende-se que o compromisso é apenas com a verdade e que devemos sempre buscar a imparcialidade, neutralidade e objetividade. Mas, antes mesmo de se chegar ao mercado de trabalho, já percebemos que as coisas não funcionam bem assim. Hoje, no quarto ano da faculdade de jornalismo eu já enxergo a podridão dos veículos de comunicação e de como os princípios básicos são apenas mitos. 
Veículos jornalísticos são empresas que precisam de dinheiro para sobreviver. Dinheiro este vindo de anunciantes, sócios e que acaba interferindo no conteúdo da mensagem. Vivemos num mundo capitalista e não adianta pensar no jornalismo como algo ideal de “vamos escrever o que é certo e o que queremos”. Isto não vai acontecer. Se a sua matéria vai contra o maior anunciante daquele jornal, há grandes chances de ela ser cortada. Cadê o compromisso com a verdade? O que vemos aqui é o compromisso com o dinheiro.
Outro ponto importante é que todo veículo possui uma linha editorial. Legalmente falando, mídia impressa pode ter uma posição definida. Mas o problema se encontra em que mesmo Veja, Estadão, Folha possuírem suas ideologias políticas, elas não abertamente ditas ao público. Eu entendo a parcialidade dos textos e das capas da Veja porque aprendi a entender. Mas o grande público não entende e acha que o jornalismo da Veja tem compromisso com a verdade e pronto.
Quando se trata de concessões públicas, como Rádio e TV, por lei, não é permitido ter posição política nenhuma. Mas na prática não é bem assim que funciona. Como mostra claramente no documentário “Muito Além do Cidadão Kane”, a Globo possui suas ideologias e não abre mão delas. Não é necessário nem assistir a este filme, basta sentar, assistir o Jornal Nacional e analisar a mensagem.
E agora pensamos, a Rede Globo é ética? A Veja é ética? De acordo com os princípios básicos da profissão? Não. De acordo com os princípios básicos do dia a dia do mercado? Quem sabe. De acordo com os meus princípios e com o que eu acredito? Estão longe de ser minimamente éticas.
Mas, afinal, vivemos – por enquanto – uma liberdade de imprensa que dá o direito da mídia falar o que quiser, do jeito que quiser. O único problema nisso tudo é pensar que a maioria não consegue enxergar os interesses por trás da notícia, a maioria não questiona a mensagem, a maioria nem sequer entende direito o que é dito. Assim, enquanto tivermos uma população que se deixa ser manipulada, não vamos ter veículos de comunicação éticos, comprometidos com a verdade e apenas com ela.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Ronaldo Fraga

Li agora o volume 04 daquela mesma coleção de Moda Brasileira do post sobre o livro do Alexandre Herchcovitch. Desta vez, do estilista Ronaldo Fraga.
O estilo do livro é o mesmo do Herchcovith: cronologia, fotos de coleções importantes, uma introdução e um breve texto com algumas curiosidades e vida do estilista. Porém, o texto introdutório deste quarto volume é de Gloria Kalil e este livro tem uma vantagem sobre o primeiro: possui um breve textinho contando um pouco sobre a coleção que está ali retratada. É bem uma introduçãozinha básica, mostrando quais as influências que Fraga sofreu ou o porquê de determinada coleção ser de determinada maneira. Achei bem interessante.
Mais uma vez, é uma história bem superficial do estilista, mas é legal para quem se interessa pelo assunto e não tem paciência para livros grandes e/ou tempo.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Tropa de Elite 2

Quando lançou Tropa de Elite 2 e meu namorado me chamou para assistir, enrolei ele o máximo que consegui, pois não gostei do volume 1 e não queria assistir a continuação. Chegou um momento que não deu mais para evitar e acabei indo ao cinema. E, confesso, me arrependi de não ter ido antes. O filme é sensacional.
Acredito ser uma das poucas pessoas no Brasil que não gostaram de Tropa de Elite 1, mas este segundo filme me surpreendeu. Os diálogos são melhores, a qualidade de filme e a história também.
Porém, um filme com o conteúdo de Tropa de Elite 2 é muito complicado. Primeiro, porque estamos em ano de eleição. Segundo, porque eu tenho certeza absoluta que 95% das pessoas que assistiram não captaram realmente a mensagem do filme.
Estava lendo algumas resenhas do filme por aí, e fiquei chocada com a quantidade de pessoas dizendo: “Toda a polícia não presta, todos os políticos não prestam, o sistema é uma merda e não há solução pro Brasil. E foda-se os direitos humanos.” Só achei estranho não arrastarem a mídia pro “buraco” junto. Se você não tem capacidade de entender entrelinhas e de ter julgamento próprio, realmente é esta ideia que vai estar na sua cabeça, ao sair da sala de cinema. A polícia está uma merda, a política está uma merda e o sistema está uma merda. Mas não vamos generalizar. O maior problema do Brasil são os brasileiros. E para sairmos deste buraco, temos que mudar a consciência. Muito difícil, mas isto não justifica pegar o filme como verdade e não enxergar tudo que realmente há por trás.
Mas não adianta eu falar. Entender o filme vai da consciência, do julgamento e do conhecimento de mundo de cada um. Eu só gostaria que os brasileiros conseguissem aproveitar de verdade o conteúdo de um filme neste calibre.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Alexandre Herchcovitch


Não sei se você se interessa por moda ou por livros sobre moda, mas eu acabei de ler um livro sobre o Alexandre Herchcovitch e venho aqui recomendá-lo quem gosta deste assunto.
O livro é da Coleção Moda Brasileira que conta com vários títulos de alguns bons estilistas brasileiros, e o primeiro é o do  Herchcovitch. É mais um livro de fotos do que de texto. Reúne foto de desfiles e coleções do estilista e um pouco de texto contando a história e as influências de Alexandre.
É bem legal a nível de curiosidade, apesar de ser bem superficial. Eu não sei onde vende ou quanto custa, peguei na biblioteca da minha faculdade e pretendo pegar os outros volumes também.
Mas caso alguém se interesse é Alexandre Herchcovitch - Coleção Moda Brasileira - Vol. 01, da editora Cosac Naify, de 2007.

sábado, 23 de outubro de 2010

O melhor é o impossível


Hoje minha resenha vai ser um pouco estranha. Me deu vontade de escrever, mais especificamente sobre este livro, mas não sei se eu gostei do livro ou se ao menos, eu entendi o livro direito.
Eu nunca tinha ouvido falar nem de “O melhor é o impossível” e nem de Robert Carter, mas meu namorado achou esse livro na biblioteca da nossa faculdade, pegou, leu e me disse para ler também.
O que é bom neste livro é que ele é muito rápido, são quase 170 páginas escritas em linguagem coloquial que se lê sem nem perceber.
Mas quanto ao livro... Primeiro, ele começa de uma maneira que me remete à lembranças pessoais desagradáveis, o que já me faz tomar um posicionamento contrário ao livro. Segundo, ele é meio confuso.
A história começa com uma prima mudando pra casa do personagem principal, depois vai para uma ereção na escola, passa por ele brigando com um garoto por dinheiro e cortando o pé do menino com cortador de grama (e o que aconteceu com este cara que nunca mais foi mencionado?) e, chega em uma parte na qual, ao cuidar de duas crianças, Harris está brincando de esconde-esconde com elas e a bebezinha morre por se esconder na geladeira. Depois disso, tem o casamento de seu irmão, ele bebe uma jarra de cerveja, surta, vai morar num chalé de recuperação psiquiátrica, lembra de uma irmã que foi separada dele logo quando criança e acaba o livro morando com a mãe da menininha que morreu escondida na geladeira. Isto faz algum sentido pra você? Para mim não faz muito. Não sei se eu sou inteligente demais para a mediocridade do livro; ou se minha inteligência é medíocre demais para o conteúdo do livro. 
Assim, não sei se te dizer se deve ler ou não. Talvez sim. Quem sabe você consiga entender e possa vir me explicar o sentido desta história.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Sherlock Holmes

Quando fiz o post dos “Cinco Livros Supervalorizados que nem valem tão a pena assim", levei um certo tempo pensando no quinto livro que eu devia colocar. Não cheguei a nenhuma conclusão e acabei colocando “Os Subterrâneos” do Kerouac.
Tudo que eu escrevi sobre ele é verdade e eu não mudei minha opinião, mas não queria ter colocado ele. Primeiro, porque o autor é supervalorizado e não o livro. E segundo, porque eu tinha certeza que tinha algum outro que merecia o lugar, mas não conseguia lembrar qual.
Alguns dias depois conversando com meu namorado, ele me abriu os olhos para qual eu queria: Sherlock Holmes. Acho que as obras de Sir Conan Doyle deveriam ser as primeiras da minha lista. 
Lembro que quando era pequena, eu e meu irmão adorávamos um seriado que passava na Nickelodeon que era “Shirley Holmes” ou “As Aventuras de Shirley Holmes”, qualquer coisa desse tipo. Eu até queria ser detetive quando crescesse. E eu pensava “nossa, quando eu for maior, quero muito ler Sherlock Holmes porque se esse seriadinho é assim tão legal, imagine a obra original?”. Doce ilusão. O seriado infantil da Nick era absurdamente mais legal que as histórias do “titio Sherlock”.
Não consigo entender onde se encontra a genialidade de Arthur Conan Doyle. Dá até raiva de tão forçada que são as deduções de Holmes. O autor pode dar a explicação que quiser como o porquê do Sherlock enxergar as coisas daquele jeito, que para mim não desce.
Por sinal, acho genial demais a obra de Jô Soares – O Xangô de Baker Street – em que todas as deduções que o Sherlock Holmes dele faz, estão erradas.
As histórias de Sherlock Holmes são ruins, mal escritas e forçadas. Ponto. Pode ser um clássico, mas não vale a leitura.
Pra finalizar, alguém saberia me explicar de onde diabos vem o “Elementar, meu caro Watson”?

sábado, 9 de outubro de 2010

Desaparecidas

O que me chamou a atenção neste livro foi o comentário do Stephen King na capa do livro: “Tess Gerritsen é leitura obrigatória na minha casa”. Foi a segunda vez que li um livro só porque tinha um comentário de King, o outro foi As Ruínas. Mas eu gostei bastante do livro.
É o típico livro que você quer ler e saber o que vai acontecer. Os capítulos acabam de uma maneira que faz com que você tenha/queira ler o próximo, e o próximo e o próximo... Apesar deste livro ter quase 400 páginas, eu comecei a lê-lo em um domingo de madrugada e terminei na segunda-feira a tarde. O livro é escrito em um ritmo que faz com que sua leitura seja bem veloz.
O livro conta a história de uma mulher que foi encontrada viva no necrotério e que depois acaba fugindo e fazendo reféns em um hospital. E a história é mais sobre o que esta mulher quer realmente.
O primeiro problema é quando você descobre qual o real motivo de tudo aquilo, não parece ser uma razão forte suficiente para tudo que aconteceu. E o outro problema é que as coisas meio que se resolvem rápidas demais ao final do livro.
Mas apesar disso, a leitura vale a pena. É um bom livro para ler e passar o tempo.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Gossip Girl


Acho que é a primeira vez que eu realmente prefiro uma adaptação ao livro. Não sei se é porque comecei a assistir Gossip Girl antes de ler o livro, ou simplesmente porque a versão para televisão de Josh Schwartz é infinitamente melhor que a versão escrita de Cecily von Ziegeser.

Enquanto o seriado é “apenas” fútil, o livro é fútil, vazio e sem conteúdo realmente aproveitável. Eu já assisti as três temporadas do seriado e só li os cinco primeiros volumes da série de livros, mas acho que dá para ter uma base de comparação.
Primeiro, acho que não é possível nem dizer que é uma adaptação realmente. Schwartz parece ter pego apenas o nome da série e dos personagens e criado sua história a partir daí. Não tem nada realmente de comum aos dois enredos.
Mas em relação ao livro, é uma leitura super rápida. E só. Não acho nem que Cecily von Ziegesar tenha o dom da escrita. Não que ela escreva mal, mas está longe de ser uma boa contadora de histórias.
Se você parar pra considerar se deve comprar os livros ou os Box do seriado, eu digo: compre o seriado. Apesar de eu ser da opinião de que qualquer leitura é válida, acho que há menos a perder assistindo Gossip Girl. O seriado não vai acrescentar nada a sua vida, mas o livro, definitivamente, tem menos ainda a adicionar.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

O Solista

Não sei se é por causa de estar fazendo Jornalismo, mas gosto de livros escritos por jornalistas contando uma determinada história.
Não assisti ao filme ainda, mas acabei de ler o livro e gostei bastante da história.
Steve Lopez é um excelente contador de histórias, escreve muito bem, o que faz com a que leitura flua, além de ser bastante prazerosa.
Levando pro lado jornalístico da história, é muito interessante ver como é muito tênue a “linha” que separa a imparcialidade do total envolvimento com a fonte. Em como Steve Lopez procurava um assunto pra escrever a sua coluna e no momento seguinte, já tinha sido arrastado para a vida do protagonista. Quando se lê este livro, fica muito evidente que a imparcialidade, objetividade e neutralidade jornalísticas, não passam realmente de mitos. Mas não entrarei nesse mérito, é só que quando se estuda jornalismo, acaba analisando livros neste estilo com outros olhos que não apenas o de “apreciar a leitura”.
Mas “O Solista” é uma boa história para todos. Você consegue imaginar como seria conviver com uma pessoa com esquizofrenia e a luta diária para tentar transformá-la em uma pessoa “normal”. Steve Lopez meio que nos abre os olhos para histórias/pessoas que estamos acostumados a não dar atenção e que precisam de nossa solidariedade e compaixão.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Eleições 2010

A eleição está muito tensa este ano. É impossível escolher, de verdade, um bom candidato. De todos os anos eleitorais que me lembro – afinal não sou velha e não tenho recordação de muitas eleições –, o ano de 2010 traz os piores candidatos de todos.


Tiririca, pior que está não fica? Infelizmente isto está longe de ser verdade. Nunca devemos esquecer: nada é tão ruim que não possa piorar. Ver a propaganda eleitoral é triste. É triste assistir e ver como virou palhaçada algo tão sério e com tanta importância. Se tivesse apenas o Tiririca na corja dos “palhaços”, talvez pudéssemos pensar que há solução. Mas não. Temos Maguila, Mulher Pera, Cameron Brasil, Marido da Mara Maravilha (alguém sabe o nome dele?) e outros tantos. Destes cinco citados, quatro têm como grau de instrução “escreve e lê”. E sinceramente, duvido que algum deles realmente saiba o que está fazendo. 


Mas pior do que eles se candidatarem, são as pessoas votarem neles. As pessoas não têm dimensão do que pode acontecer se “votar por votar” no Tiririca. As pessoas não sabem como é ruim desperdiçar um voto desse jeito. Falando nisso, a Folha de São Paulo fez uma matéria muito interessante, mostrando quem o Tiririca levaria com ele, se fosse eleito. Vale muito a pena conferir. Será que alguém sabe disso?


Antes das campanhas eleitorais começarem oficialmente fizeram todo um escarcéu que agora para ser candidato tem que ter a ficha limpa. Ser fichado na Interpol não faz parte de “sujeira” na ficha do candidato? Acredito que não. Afinal, Maluf continua concorrendo e com grandes chances de ganhar mais uma vez. E o Collor? É realmente inacreditável ver como ele consegue se eleger Governador do Alagoas depois de tudo que aconteceu em 1991.


Quando chegamos nos presidenciáveis, a situação está tão crítica quanto com deputados e derivados. Já cansei de ouvir gente falando “vou votar no Serra para a Dilma não ganhar”, “meu voto não é pró-Serra, é contra-Dilma”. Acho que é um dos pensamentos mais estúpidos que já vi na minha vida. Vamos todos nos unir e votar no Serra só para não deixar a Dilma ser presidente? Claro, aí se ele for eleito, foda-se o Brasil, foda-se que o Serra é escroto, foda-se os próximos quatro anos. O importante é que impedimos a Dilma de ganhar. É isso aí, brasileiros, vocês são muito inteligentes.


Não gosto da Dilma, não quero que ela ganhe. Mas não gosto do Serra e quero menos ainda que ele ganhe. E a Marina Silva? Ela é até sensata, apesar de ser prolixa demais. Mas me irrita muito as pessoas falarem “vou votar na Marina porque ela é uma vencedora, sofreu um monte na infância mas agora está aí”. É outro belo motivo para votar numa pessoa: foda-se as propostas políticas, o importante é que ela sobreviveu de não sei quantas malárias, hepatites e leishmanioses. Não, não vou votar na Marina também.


Para falar a verdade, se a eleição fosse hoje não faço ideia em quem eu votaria. Está muito difícil escolher um candidato que se confie e que possa realmente fazer algo pelo Brasil. Votar nulo? Talvez. Mas não acho que se abster de votar seja a solução. A solução é criar vergonha na cara. É saber que política é coisa séria. Que voto não deve ser vendido e nem comprado. E, mais importante ainda, aprender a ter consciência política, a escolher um candidato pelo que ele realmente propõe e se candidatar se você quer realmente fazer a diferença nesse país. Se os brasileiros não aprenderem a enxergar isso, vamos continuar nessa situação para sempre.

sábado, 11 de setembro de 2010

Ideias Noturnas

Eu ganhei este livro no sorteio do blog “Uma Janela Secreta”. Foi a primeira vez que ganhei algum sorteio na vida e fiquei tão empolgada que passei o livro na frente de vários outros que tenho aqui e já o li.
Estou numa fase que gosto de ler livros de contos e Ideias Noturnas é um livro de contos. Confesso que não esperava tanto do livro, mas me surpreendi. É bem legal.
Os contos são curtos e bem rápidos de serem lidos. Consegui devorar o livro todo em poucas horas de leitura.
Como diz a própria sinopse do livro, os contos são fábulas às avessas que refletem sobre questões filosóficas e sociais do nosso mundo.
É uma leitura bem agradável e interessante. Recomendo.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

05 Livros supervalorizados que nem valem tão a pena assim!

01. Melancia – Marian Keyes 
Confesso que não consegui terminar de ler este livro. Li mais da metade, mas desisti. Em toda a minha vida só abandonei a leitura de dois livros: Melancia e A Bruxa de Portobelo; e olha que já li muita coisa ruim! Mas não gosto de começar um livro e não terminá-lo, mas com Melancia foi impossível de prosseguir a leitura. A personagem principal é insuportável, a história é chata e arrastada. Foi o único livro que “li” da Marian Keyes e não gostei.



02. Drácula – Bram Stoker
Não diria para você nunca ler este livro, afinal é um clássico da literatura vampiresca. Mas adie sua leitura. Há tantos livros infinitamente melhores que merecem ser apreciados... Aí um dia, se não tiver nada mais na estante para ler, pegue Drácula. Sinceramente não sei porque as pessoas gostam tanto desse livro. O livro é entediante, confuso e chato.





03. O Poderoso Chefão – Mario Puzo
Fãs de Poderoso Chefão: me desculpem, mas esse livro é muito chato. Sei que é um clássico, que todo mundo ama, mas não consigo entender o porquê disso. Eu me obriguei a terminar este livro, a leitura não flui. O texto é lento – e, sinceramente, não é dos mais bem escritos! Não consigo entender o que tem de tão bom em pagar pau pro Don Corleone o livro inteiro.




04. Bonequinha de Luxo – Truman Capote
Outro livro supervalorizado a toa! É chato. Ponto. Não consegui entender a genialidade de Truman Capote e Bonequinha de Luxo, talvez. Mas não deu para gostar. Tentei até ler uma segunda vez, pra ver se eu não tinha gostado do livro por ter lido no momento errado, mas não rolou. A leitura é devagar e bem entediante. Realmente acho que não vale a pena.




05. Os Subterrâneos – Jack Kerouac
Eu adoro os livros do Kerouac, mas este definitivamente não desce. A história é chata e a forma de escrita, terrível. Kerouac não divide capítulos, parágrafos e muitas vezes, nem frases. É tudo de uma vez. O que para alguns é “um ritmo frenético de leitura”, para mim é pura falta de noção. Tem um parágrafo de 22 páginas e UMA FRASE DE CINCO PÁGINAS E MEIA. 

domingo, 29 de agosto de 2010

05 Livros Que Você Devia Ler

1. A Cor Púrpura - Alice Walker:
O livro conta a história de Celie, uma mulher negra sofrida que vive na América racista do início do século. A história se baseia na descoberta do que é ser mulher, de conseguir força para viver quando você tem certeza que está no fundo do poço, sem um pingo de dignidade. A obra de Alice Walker é fantástica. Escrita em formas de carta para Deus e depois para sua irmã Nettie, a autora consegue passar toda a dor e sentimentos da personagem principal.




02. Ratos e Homens - John Steinbeck:
Este livro é maravilhoso. A linguagem é simples, o ritmo de leitura é rápido e a história é fantástica. O livro conta a história de dois amigos completamente diferentes, marginalizados e que vivem de empregos temporários em fazendas ganhando o suficiente para moradia e alimentação, mas que sonham com uma vida melhor. John Steinbeck descreve os personagens e a história de maneira genial, que é impossível não se sentir cativado pelo Lennie.




03. Meu Pé de Laranja Lima - José Mauro de Vasconcelos
Não faz parte dos clássicos da literatura brasileira, o que é realmente uma pena. Para mim, José Mauro de Vasconcelos com a história de Zezé ganha de muitos autores considerados “os melhores”. É um livro infantil, mas com uma profundidade e com uma história que será muito melhor aproveitada por adultos.






04. Correndo Com Tesouras - Augusten Burroughs 
É um dos meus livros preferidos e eu nunca consegui fazer uma resenha decente pra ele. O livro conta a história de Augusten que vive com a família do psiquiatra de sua mãe em uma casa onde nada é normal. Há rumores de que a história não seja verdadeira, apesar do autor jurar que são suas memórias anotadas em diários por anos. Independente da veracidade da história ou não, o livro é fantástico. O humor é ácido e a leitura é muito rápida e fácil.




05. Em Algum Lugar do Passado - Richard Matheson
Eu levei um tempo para me empolgar com esse livro. Achava ele meio sem noção no começo. Mas depois, quando eu percebi que ele era realmente sem noção, eu me apaixonei. É uma história de amor em que os personagens não estão separados pelo espaço, mas sim pelo tempo. A forma que Richard Matheson conta a história faz com que consigamos reconstruir tudo em nossa mente e entender a diferença dos mundos em que os personagens vivem e que mesmo assim é possível haver amor.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Harry Potter e a Ordem da Fênix

Hoje me deu vontade de postar. Não faço ideia porque, pois nem a inspiração veio, apenas o desejo de escrever alguma coisa. Como estava falando sobre Harry Potter, vou escrever um comentário sobre o melhor da série, ou seja, Harry Potter e a Ordem da Fênix. 
Quando ele saiu há sei lá quantos anos atrás, eu ainda era uma pessoa preguiçosa e pensei “nossa, não acredito que tem 700 páginas”. Mas como o quarto tinha acabado de uma maneira que implorava pelo próximo, eu venci minha preguiça e encarei o livro. E qual não foi minha surpresa que eu não apenas li, como devorei em poucos dias.
A escrita da JK está mais madura ainda que a do livro anterior e o ritmo para leitura é frenético. É impossível parar de ler.
Sem contar que é em Harry Potter e a Ordem da Fênix que as coisas começam realmente a se esclarecer. Dumbledore começa a contar a verdade pro Harry e o Voldy ganha força, apesar de ainda ser em surdina.
O tenso desse livro é só que a JK tem a pachorra de matar o Sirius. E sério, acho que eu nunca chorei tanto em um livro quanto quando vi que ele morreu. Talvez só no livro seguinte com a morte do Dumbledore. Mas enfim...
Outra coisa realmente sensacional nesse livro é a luta Dumby versus Voldy. Acho que nunca esperei tanto para ver uma cena no cinema quanto essa, mas óbvio que a Warner acabou com a genialidade da cena e aquele Michael Gamble definitivamente não chega aos pés do verdadeiro Alvo Dumbledore.
Se você tivesse que escolher apenas um Harry Potter dos sete livros, escolha este. Mas saiba que vai ser impossível ler só o quinto sem viciar na série ou pelo menos ficar curiosa pelos anteriores e consequentemente, pelos seguintes.

domingo, 8 de agosto de 2010

Harry Potter e o Cálice de Fogo

E chegamos ao quarto livro da série. Harry Potter e o Cálice de Fogo. Top 15 dos melhores livros que já li na minha vida. A partir deste livro, a história fica simplesmente sensacional.
Harry não é mais uma criança. A história não é mais para crianças. JK Rowling já mostra uma escrita bem mais madura, com personagens mais maduros e sombrios.
Em o Cálice de Fogo, quando Harry volta para Hogwarts descobre que a escola sediará o Torneio Tribuxo, que não acontece há muito tempo, e que um campeão das três melhores Escolas de Magia da Europa, será escolhido para representar a sua e ainda ganhar um prêmio. Potter não tem idade para concorrer e misteriosamente seu nome vai parar no Cálice de Fogo, fazendo dele o quarto campeão.
A história começa a partir daí e conta com dragões, esfinges, explosivins, pelúcios, personagens malignos e Harry até começa a se apaixonar. É o tipo de livro que – ainda mais se você está lendo pela primeira vez – não consegue largar até chegar ao final, porque a história se torna cada vez mais interessante.
Várias perguntas são respondidas ao longo deste quarto livro, além de surgir novas questões que ainda não têm respostas.
Mas, como nem tudo é perfeito, JK deixa algumas brechas. Por exemplo, um dos comensais da morte de Voldermort, o chama pelo nome. Ao longo do que foi construído durante a série, jamais um seguidor de Voldemort o chamaria por qualquer outra coisa que não fosse “Lorde das Trevas”, menos ainda pelo nome, que todos temem.
O filme deste livro, para mim, é o pior de todos os filmes até agora. Tá, talvez não seja pior que O Enigma do Príncipe, mas o Dumbledore cinematográfico acaba com a minha vida. Sinceramente, eu no lugar da JK falaria para Warner “vocês podem fazer o que quiser no filme, mas por favor, não façam um Dumbledore que corre, grita e sacode seus alunos”. O Dumbledore do filme é caótico. Bastava dar uma lida em quem e como era o personagem na sua breve descrição em a Pedra Filosofal para se ter certeza que o Michael Gamble interpreta algum outro bruxo que definitivamente está longe de ser o melhor personagem da série Harry Potter.
Mas enquanto o filme é uma decepção, o livro é genial. A história é muito mais sombria e as mortes começam acontecer com o retorno de Lord Voldemort. Aliás, o capítulo em que Voldy retorna e se reúne com seus seguidores, é um dos melhores que eu já vi.
Quando li este livro pela primeira vez, em 2001, eu pensei “uau”. Hoje, nove anos depois, lendo pela milésima, eu continuo pensando “uau”. A única coisa que mudou é que começo a perceber alguns detalhes que não percebia antes, mas que não alteram o meu favoritismo pela obra. Não adianta. Para mim Harry Potter é genial e merece ser apreciado por todos.

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Scott Pilgrim - Vol. 1

Eu adoro ler HQs, mesmo meu namorado falando que eu não consigo entender a genialidade. Talvez eu não consiga mesmo. Mas ainda assim, eu gosto de lê-las. Chego até gostar bastante de algumas, como é o caso de “Retalhos” que é um dos melhores livros que eu já li. Mas também chego a não gostar realmente de outras, como é o caso de Scott Pilgrim – Volume 1.
Quando vi do que se tratava, fiquei curiosa para conhecer a obra. Gosto de historinhas tranquilas, até meio “bobas”. São legais para passar o tempo. Mas Scott Pilgrim ultrapassa o limite do bobo. “Bobo” é “A Fantástica Fábrica de Chocolates”. Bobo é o “Diário de Um Banana”. Scott Pilgrim é sem nexo, confuso e extremamente babaca.
Se livros costumam ser melhores que filmes e Scott Pilgrim já é ruim na versão escrita, fico imaginando a versão cinematográfica... Mas não tenho muita esperança de um filme que o protagonista é o Michael Cera...
Enfim, voltando ao assunto. Quando eu percebi que este livro não ia acrescentar nada a minha vida, a única coisa que me manteve lendo, foi que não gosto de abandonar leituras pela metade. De Scott Pilgrim não dá para aproveitar nem os desenhos. Não que, para mim, isso conte alguma coisa. Mas tem gente que lê HQs só para apreciar a arte. Portanto, se você gosta de apreciar desenhos bem feitos e/ou ler histórias bem contadas, mantenha-se longe deste livro.
Como eu disse, a história é tão sem nexo que chega a ser confusa. Teve várias partes que tive que voltar as páginas para ter certeza que a continuação era aquela. Do nada, sem explicação nenhuma, o assunto muda. Ele está sonhando e de repente não está mais. Juro que não consegui entender direito.
Resumidamente, Scott Pilgrim é a história de um babaca de seus vinte e poucos anos que não faz absolutamente nada da vida e começa a namorar uma menina de 17 anos, após ficar um ano sofrendo por ter terminado um relacionamento. Enquanto sai com esta menina do Ensino Médio, ele começa a sonhar – ou não – com uma outra garota, sai com ela também e do nada tem que lutar contra ex-namorados malignos. Pois é, você deve estar pensando “o que diabos é isso?”. Não se preocupe. Eu também pensei. E agora que terminei de ler esta porcaria, a única coisa que eu fico pensando é que lá se foi uma hora da minha vida que não volta nunca mais.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban


Ah! O terceiro livro da série. Não há como negar a minha nítida preferência por Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban. O livro é sensacional e não digo isto apenas por contar a história de Sirius, meu personagem favorito.
Além de a narrativa ser mais madura que a dos dois livros anteriores, há um amadurecimento por parte das personagens também. Apesar de Harry ainda ter 13 anos, ele não é mais uma criancinha boba. Sem contar o enredo que já traz assassinatos e um lado mais obscuro da própria história da série. 
Acho que não há nada mais sombrio e genial que os dementadores. A primeira vez que li o que eles eram e o que faziam, não consegui pensar em mais nada que não fosse “fantástico!”.
Quando lemos pela primeira vez, pensamos o livro inteiro que Sirius é o vilão e quando chegamos ao final, percebemos que o vilão, na verdade, estava presente tanto em A Pedra Filosofal quanto em A Câmara Secreta, e isto nem sequer passou pela nossa cabeça. É impossível não sentir um ódio gigantesco de Rabicho e até do Snape; e não se afeiçoar à Sirius e à Lupin.
Quando Harry não consegue provar a inocência do padrinho e é obrigado a se separar dele, é interessante ver a maneira que, mesmo Harry tendo acreditado em Sirius e desejado ir morar com ele, não há uma despedida cheia de “melação” e clichês, como se os dois se conhecessem desde sempre.
Se os quatro livros seguintes não fossem tão espetacularmente bons, eu diria que O Prisioneiro de Azkaban é, sem sombra de dúvida, o meu favorito. Mas não direi isso. A única coisa que posso afirmar é que Sirius Black é um dos melhores personagens da série. E é impossível não gostar deste terceiro livro quando a sua história se resume em contar a vida de um personagem tão bom.

segunda-feira, 12 de julho de 2010

Harry Potter e a Câmara Secreta


E foi com este livro que eu conheci Harry Potter há mais ou menos uma década. Parece que foi ontem que entrei com minha mãe numa livraria e disse que precisava ler a Câmara Secreta. E bem, não me arrependo jamais. Harry Potter e a Câmara Secreta é bom.
Mais uma vez, JK Rowling mostra que é uma boa escritora e uma boa contadora de histórias. Com uma narrativa ainda meio infantil, mas mesmo assim já dando sinais de um amadurecimento que estará presente nas histórias seguintes, a Câmara Secreta mostra um pouco do passado de Voldemort que, além de formar a história deste segundo livro, é essencial para os livros vindouros.
É rápido e fácil de devorar este livro – lembro de vezes em que o li inteiro em apenas um dia –, e mais uma vez JK desperta nossa curiosidade para o que vem a seguir. Ao contrário da “Pedra Filosofal”, que tinha como maior intuito fazer uma introdução dos personagens e do mundo da magia, o tema central deste segundo livro é mais sério e digamos, sombrio.
Se eu for arrumar os sete livros de Harry Potter por ordem de preferência, deixaria a Câmara Secreta em sétimo lugar. Não por ser ruim, muito pelo contrário. Mas simplesmente porque os quatro últimos são extremamente sensacionais. E quanto ao terceiro, eu tenho um carinho especial por ser sobre o Sirius.
Apesar de ser o “mais fraco” da série, Harry Potter e a Câmara Secreta é uma leitura maravilhosa que merece ser experimentada. É muito bom pegar o livro e imaginar carros voadores, basiliscos, elfos domésticos, casas inteiramente bruxas, e todas as coisas que compõem este livro. E mais importante do que isso é aprender sobre Tom Riddle para quando chegar em “O Enigma do Príncipe” e “Relíquias da Morte”, você entender a história de Voldemort e pensar quão genial é a série inteira.


sexta-feira, 9 de julho de 2010

Harry Potter e a Pedra Filosofal

Julho é o mês de relembrar é viver! Estou relendo alguns livros que gostei ao longo destes anos, começando pela série Harry Potter.
Já li trocentas vezes todos os livros da série e não sei se foi porque cresci junto com estes livros, mas acho que são extremamente bons. Harry Potter faz parte do meu “Top 5” de livros favoritos e acredito não ser a toa. JK Rowling é uma ótima escritora. Uma mulher que inventou um esporte, um mundo inteiro, com cidades, história, jornais, revistas, pessoas, comidas, etc., merece um certo respeito.
Não conheci o mundo de Hogwarts com a Pedra Filosofal, na verdade, só fui lê-lo depois do quarto livro e do primeiro filme. Então não foi uma grande surpresa pra mim. Apesar do filme nem se comparar ao livro. Mas enfim...
Dos sete livros, este primeiro é o mais “infantil”. Harry ainda tem 11 anos e não dá para fazer um livro muito maduro para um público que, na época, tinha esta idade também. Mas quando digo “infantil” não é no mau sentido. A Pedra Filosofal é um livro incrível. É quando você é apresentado ao universo de Hogwarts, aos personagens, à história, e começa a querer saber por que Harry Potter é o Harry Potter.
JK começa a construir bons personagens e a mostrar como sua história será boa. É impossível terminar de ler o primeiro livro e não ficar interessado pelos próximos.
Realmente é uma pena o que a Warner fez com a história ao adaptar o livro, principalmente em relação ao Dumbledore. Por isso eu digo: se você já assistiu ao filme, mas não leu os livros, e não gosta da série baseado no que viu nas telas, não se deixe enganar. Tire um mês da sua vida, para conhecer a verdadeira história. A verdadeira magia que começa em a Pedra Filosofal. Harry Potter é muito mais que a “história de um bruxinho” e merece ser apreciado.

terça-feira, 15 de junho de 2010

Eu adoro patriotismo em época de Copa do Mundo

Eu sei que isso é um blog sobre livros. Mas estou com vontade de escrever, mesmo que ninguém leia. Enfim...
Eu odeio época de Copa do Mundo. Odeio como todo mundo possui um espírito patriótico. É incrível como todo mundo tem orgulho do Brasil.
2010 é ano de eleição também. Mas alguém lembra disso? Não, 2010 é apenas ano de Copa do Mundo. Cadê o patriotismo na hora de tomar uma decisão que vai realmente afetar o futuro? Alguém comenta sobre candidatos e votos? Não. É só futebol, futebol e futebol.
Na minha cidade não vão funcionar nada na hora do jogo. Não vai funcionar banco, supermercado e nem ônibus. ÔNIBUS não vai funcionar. Dá pra acreditar? É inconcebível um país parar por causa de jogo de futebol.
Odeio como as pessoas acham que só porque é época de Copa, você tem que viver em função da Copa. Se você coloca uma blusa verde, é por causa do Brasil. Se você passa um esmalte azul, é por causa do Brasil. Se usa uma bolsa amarela, é por causa do Brasil. Será que é tão difícil as pessoas entenderam que existem pessoas que não dão a mínima se o Brasil vai ser hexa ou continuar sendo penta? E na boa, eu não sou menos patriota por isso.
É foda ver essas pessoas que só amam o Brasil de quatro em quatro anos. Nos anos entre Copas do Mundo, a maioria desses “patriotas de futebol”, parece ter vergonha de dizer que é brasileiro. Mas quando o Brasil entra em campo, canta alto “eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor”. É, eu também morro de orgulho de ver essas coisas. E depois não entendem porque o país está desse jeito.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Inglorious Basterds

“And I want my scalps!”
Não sei se eu diria que Inglorious Basterds é a “masterpiece” de Tarantino. Afinal, acho Pulp Fiction tão bom quanto. Mas, sem dúvida, o último filme é genial.
Só Quentin Tarantino para recontar a história da Segunda Guerra da maneira como contou e fuzilar a cara de Hittler. Não imagino ninguém fazendo o mesmo que ele fez em Bastardos Inglórios. Um Hittler histérico, louco, mau e que acaba metralhado ao lado de um Joseph Goebbels tão doentio quanto.
Em atuação, Christopher Waltz realmente mereceu o Oscar que levou. O austríaco não dá chance para qualquer outro que divida a cena com ele. O Coronel Hans Landa é tão fantástico que faz valer o filme, roubando os créditos das cenas todos para ele. É o típico personagem que você sente um ódio terrível, mas não consegue deixar de “gostar”, pois ele é ao mesmo tempo cômico e repugnante. Brad Pitt também está muito bom em seu papel. Com seu sotaque sei-lá-da-onde, o Tenente Raine é incrivelmente caricato. E a cena da conversa em italiano, já quase no fim do filme, é uma das cenas mais engraçadas que já assisti.
Inglorious Basterds é Tarantino. E merece ser visto. Apesar de ter uma violência mais “contida” e menos sangue do que outros filmes do diretor. Contida entre aspas, pois há pessoas sendo escalpeladas e tacos de beisebol estourando cabeças. A “violência tarantinesca” dá sempre margem para discussão: uns amam e outros odeiam. Eu amo.
São quase três horas de filme que você não sente passar. É bem melhor que Avatar e Guerra do Terror, coloca ambos no chinelo. Se você ainda não assistiu, assista.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Trilogia Millennium

Por incrível que pareça, vou fazer um texto falando bem de alguma coisa. Eu adorei a trilogia Millennium. Adorei o ritmo, adorei a história, as surpresas que tem no meio do livro.
Gostei bastante do jeito que Stieg Larsson trata as mulheres nos seus livros. Todas em cargos importantes, independentes, poderosas, sem deixarem de ser mulheres. Nada do tipo “Ah, eu troco minha vida para me tornar imortal e viver a eternidade ao seu lado.” Comentários desnecessários a parte... Apesar de todo o poder delas, elas não perderam a feminilidade, não perderam a essência. Tem sua carreira e sua família. Filhos, casamento e vida profissional de sucesso.
O que me incomoda um pouco nessa série é a prolixidade do autor. Não consigo deixar de imaginar que ele conseguiria fazer o mesmo trabalho em pelo menos metade das páginas. Larsson é extremamente detalhista, acaba até exagerando. Por exemplo, uma cena que ele poderia simplesmente escrever “Mikael chegou em casa, esquentou um pedaço de pizza e começou a escrever em seu notebook”, ele conseguiu escrever quase meia página para passar esta ideia apenas.
Eu li em algum lugar na net que a trilogia Millennium era para contar com um quarto livro, mas que Larsson faleceu antes de terminar e há apenas um manuscrito que não será lançado. Quando vi isso, eu não tinha lido A Rainha do Castelo de Ar ainda e fiquei com medo de ficar sem final. Mas não é isso que acontece. A história que o autor quer contar finaliza depois de quase 700 páginas do terceiro livro. Ficam algumas brechas sobre vidas pessoais que acabariam dando um quarto livro – ou não. Mas gostei de não encerrar a trilogia com um Epílogo do tipo “18 anos depois... Mikael e Lisbeth se casaram e tiveram um filho, que deram o nome de Holm Armanskij, em homenagem a dois grandes amigos do casal que salvaram a vida de Salander”. (Só pra constar, apesar do trocadilho infame, eu adoro Harry Potter, só não gostei da maneira como a Rowling finalizou com o epílogo.)
Apesar das quase 2000 páginas que formam esta trilogia, acaba sendo uma leitura rápida e agradável. Larsson sabe contar uma história e prender a sua atenção. Óbvio que há algumas falhas, alguns errinhos, mas nada muito gritante que vá estragar a leitura. Quando você começa a entender o que se passa, não consegue parar de ler até chegar ao final.

sábado, 5 de junho de 2010

Sex and The City 2

Eu adoro um pouco de futilidade de vez em quando. E adoro Sex and The City. O complicado é que baseado em um livro de menos de 400 páginas, os caras conseguiram fazer um seriado de seis temporadas e dois filmes. Então, esse segundo filme parece que já estão inventando mais do que deveriam.
Eu não li o livro ainda e não assisti o seriado, só assisti aos filmes, então não tenho como comparar os filmes aos outros produtos, mas eu gosto.
Sex and The City 2 é legalzinho, até dar para você dar umas risadinhas. Tem muita coisa forçada que você fica pensando em “o que é isso?”. E algumas cenas que parece que falta um pouco de sentido. Mas o guarda-roupa do filme é lindo. Nenhum guarda-roupa bate o de The Devil Wears Prada, mas Sex and The City é bom. Óbvio que a qualidade do filme não tem nada a ver com vestuário, mas Sex and The City se você sair do visual, não aproveita muita coisa. Enfim...
Se você for mulher, provavelmente vai gostar, pois Sex and The City 2 é praticamente um conto de fadas moderno. O sonho de consumo de toda mulher: roupas lindas, uma viagem de graça pra um hotel maravilhoso com mordomo e motorista a sua disposição, dinheiro e homens lindos apaixonados por você.

domingo, 30 de maio de 2010

O Gato Por Dentro

Eu não gosto de gatos, mas adoro Burroughs. Teria sido bem melhor se fosse com cachorrinhos que, por sinal, Burroughs não gosta.
O livro são anotações curtíssimas sobre o convívio do autor com gatos e as reflexões feitas a partir daí. Algumas você consegue enxergar além dos gatos, os gatos passam a ser meros personagens de uma mensagem maior. E, para mim, é aí que se encontra a genialidade do livro.
Ta, talvez o livro esteja longe de ser genial, mas eu sou suspeita para falar, pois como eu disse, gosto do autor. Mas acho a leitura válida: é rápida, boa e realmente dá pra tirar algum proveito do livro.

“[...] O ambiente mágico está sendo intimidado a desaparecer. Não há mais rena verde no Forest Park. Os anjos estão deixando todas as alcovas no mundo inteiro, o ambiente no qual unicórnios, pés-grandes e renas verdes existem está cada vez mais ameaçado, como as florestas tropicais e as criaturas que nela vivem e respiram. Quando as florestas são derrubadas para dar lugar a motéis, Hiltons e McDonald’s, morre também toda a magia do universo.”
William Burroughs – O Gato Por Dentro – Página 26

terça-feira, 25 de maio de 2010

O Escaravelho do Diabo

Eu adoro livros infanto-juvenis. Melhor, eu adoro livros infanto-juvenis quando são bons. E alguns são realmente bons que eu até fico pensando em como ficaria numa versão adulta.
Eu acabei de ler O Escaravelho do Diabo e infelizmente não é muito legal. A ideia do livro é boa: um misterioso assassino que manda besouros para suas vítimas, todas de cabelo vermelho e pele sardenta, antes de matá-las; porém a escritora não é das melhores.
O grande problema do livro é que é tudo muito rápido. A história mal começa e já se foram dois meses e depois mais dois e quando se viu já se passaram cinco anos e não aconteceu realmente nada. Por exemplo, depois que o primeiro ruivo é assassinado não acontece nada significativo até a morte do segundo, dois meses depois, e assim até morrerem todos. Nem quando uma das vítimas sobrevive, a autora consegue desenvolver a história de verdade. “A Rachel sobreviveu, ficou traumatizada e está indo viajar. Tchau”.
E como todo livro tem a historinha de amor secundária que, por incrível que pareça, consegue ser ainda mais veloz do que a história principal. O protagonista se apaixona, começa a namorar, os dois tem a primeira briga porque o gênio dela é difícil. Mas eu me pergunto, quando os dois começaram a namorar? Melhor, quando os dois começaram a se falar pra se apaixonar? E como diabos é o gênio da infeliz para eles brigarem? É, tudo pergunta sem respostas.
Mas se alguém ler e conseguir captar o que acontece nas entrelinhas dessa velocidade toda, eu ficaria mais do que feliz se pudessem dividir comigo e esclarecer o mistério.
E só para constar, não fiquem preocupados achando que o livro é tão rápido que o assassino não será descoberto. Ele será. Cinco anos depois de uma maneira completamente... tosca.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Três em um

Tive uma overdose literária. Em menos de 24 horas li Fernando Sabino – A Mulher do Vizinho, William Shakespeare – Romeu e Julieta e Bocage – Sonetos. E o melhor ainda, paguei R$ 2,00 nestes três livros juntos. Mas enfim...
Foi a segunda vez que li Romeu e Julieta e não adianta. Não consigo gostar. Nem levando em conta que é um escrito de outra época e todo aquele bla bla bla. O livro é chato. Ponto. Não consigo achar romântico e lindo. E na cena da sacada da Julieta, não posso deixar de imaginar que seria infinitamente melhor se caísse um meteoro em Verona e matasse os dois naquele momento, poupando o leitor de toda aquela chatice do diálogo dos dois.
Em compensação eu gostei bastante de “A Mulher do Vizinho”. É um livro rápido e gostoso de ler. Com pequenos contos, com pitadas de humor, que narram episódios aleatórios.
Não costumava gostar de contos, mas ultimamente tenho lido bastante coisa do gênero e tenho gostado do que tenho encontrado.
O legal do livro de Fernando Sabino é que mesmo sendo bem antigo, tem algumas situações que você se identifica a acaba achando interessante. O escritor narra o cotidiano, pequenos acontecimentos triviais, que poderiam acontecer com qualquer um e por isso você acaba enxergando um pouco da sua vida ali.
Sonetos do Bocage e A Mulher do Vizinho são dois livros bons e que recomendo. Se aparecer a oportunidade, leia ambos. Mas Romeu e Julieta, não. Sua vida não vai ser pior e nem você vai ser mais ignorante por não conhecer uma das mais famosas obras de Shakespeare.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Charles Bukowski

O que falar de Charles Bukowski? O cara é bom. Tem que ser muito bom pra escrever sobre escrever e ainda fazer sucesso.
Terminei agora de ler “O Capitão Saiu Para o Almoço e os Marinheiros Tomaram Conta do Navio” e indo contra todas as minhas expectativas, eu achei o livro genial.
Este livro são trechos de seu diário escrito entre 1991 e pouco antes de morrer. E, como diz na sinopse do livro: “Dramático, na medida em que mostra a aproximação do fim. (...) É, também, puro Bukowski: seco, cético, maldito e maravilhosamente bem escrito”. Acho que isso resume o livro perfeitamente.
Nunca vi alguém tão negativo quanto Bukowski, em nenhum livro o cara consegue passar uma mensagem de otimismo e, em O Capitão, esse pessimismo está ainda mais acentuado.
Todos os livros de Bukowski são a mesma coisa: sua vida de escritor, seus empregos medíocres, sua bebedeira e as mulheres. E só para constar, eu acho Bukowski, como pessoa, nojento.
Quando li Misto Quente pela primeira vez, há alguns anos, não gostei. Reli este ano, conhecendo outras obras do autor e continuei não gostando. Acho o livro exagerado demais. Têm várias partes que são completamente desnecessárias e o Henri Chinaski está completamente nojento.
Em seguida, li Pulp e adorei. Bem escrito, com as sacadas típicas de Bukowski e com a passagem mais genial que já vi: “Qual seu segredo para viver tanto? Eu nunca acordo antes do meio dia.”
Aí veio Hollywood, Delírios Cotidianos, Factótum, Numa Fria e agora O Capitão Saiu Para o Almoço e os Marinheiros Tomaram Conta do Navio. Recomendo todos.
Mas devo salientar, mais uma vez, uma coisa importante deste último que eu li: o drama. Em todas as suas páginas, apesar de falar absolutamente sobre nada, Bukowski carrega suas frases de um drama incrível. Drama este, que já faz valer toda a leitura do livro.